Conferência de Varsóvia debate quem paga por danos ambientais inevitáveis

Conferência acontece no estádio de Varsóvia 
Começou nesta segunda-feira (11/11) a conferência sobre mudanças climáticas de Varsóvia na capital da Polônia. Os meteorologistas ainda precisam vincular formalmente o aquecimento global à ocorrência de tufões como o que devastou as Filipinas (com cerca de 10 mil mortos), mas eles esperam uma incidência crescente de fenômenos climáticos extremos, devido ao aumento das temperaturas dos oceanos. O delegado filipino Naderev Sano, declarou-se em greve de fome durante 12 dias em solidariedade a seus compatriotas, numa tentativa de pressionar seus colegas para que ocorram avanços.

Ponto central dos debates
No encontro do ano passado, em Doha, ficou estipulado como meta para a negociação deste ano o estabelecimento de um mecanismo internacional que se ocupasse com a temática das perdas e danos.
Os países desenvolvidos, principalmente os Estados Unidos, querem evitar, de todas as maneiras, que haja um comprometimento legal para arcar com danos que, neste momento, nem se sabe que valor podem alcançar.
Mas para os defensores de pequenos países insulares que estão sumindo, assim como para os representantes de países mais pobres e menos desenvolvidos, uma posição concreta é fundamental. 

Acordo para 2020
Outro tema central deste encontro será o novo acordo global sobre o clima, que deve entrar em vigor em 2020. Na conferência de 2011, em Durban, ficou estipulado que esse tratado deveria ser assinado em 2015, no encontro em Paris.
Para alcançar essa meta, segundo o diretor da organização Germanwatch, Christoph Bals, é necessário que em Varsóvia seja traçado um roteiro para as negociações até 2015. 
Mas há dúvidas se ela chegará a um plano concreto.
Segundo o relatório, ainda é possível limitar o aquecimento global até o final do século em 2 °C, mas, para isso, são necessárias medidas políticas drásticas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Muitos observadores duvidam que esse alerta bastará para fazer avançar as negociações.

Fonte: DW. e G1.

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