Brasil perdeu 5,2 milhões de hectares de Unidades de Conservação

Parque Nacional do Itatiaia
Fonte: Jefferson Rudy/MMA
No Brasil, a duração do status de uma área protegida, ou Unidade de Conservação pode ser passageiro.

Estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco e da Ong Imazon concluiu que em 31 anos foram realizadas 93 alterações em Unidades de Conservação localizadas em 16 estados brasileiros, o que fez com que elas perdessem 5,2 milhões de hectares, uma área maior do que o estado do Rio de Janeiro.

Para avaliar as alterações os pesquisadores utilizaram classificação PADDD (Protected Area Downgrading, Downsizing, and Degazettement), produzida pelo WWF (World Wildlife Fund), que divide as alterações em 3 categorias: extinção total do status de área protegida, redução do tamanho e redução no nível de proteção.

A criação de Infraestrutura de geração e transmissão de energia está entre as principais causas das medidas que atingiram Unidades de Conservação (UCs). Entre 2010 e 2012, um total de 19 UCs sofreram redução de limites ou de proteção devido a estes investimentos.  Em janeiro de 2012, o governo federal publicou uma Medida Provisória excluindo 91.308 hectares de sete UCs, cinco delas na região do Tapajós, Pará. 

O estudo destaca a importância dos serviços ambientais fornecidos pelas Unidades de Conservação. De acordo com eles, as UCs do Brasil evitam a emissão de pelo menos 2,8 bilhões de toneladas de carbono, o que ajuda a combater as mudanças climáticas.

Fonte: ((oeco))

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