Marco da Biodiversidade
Recentemente, dia 20 de maio de 2015, tivemos o sancionamento da nova Lei nº 13.123, a qual dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade, e dá outras providências. Esta lei ficou conhecida como Marco da Biodiversidade.
O objetivo do projeto de lei da biodiversidade é reduzir a burocracia e estimular a pesquisa e inovação com espécies nativas. No entanto, alguns ambientalistas dizem que o projeto privilegia as empresas e amplia o acesso à biodiversidade sem proteger os povos indígenas e seus conhecimentos tradicionais.
Em meio a polêmica, o grupo que reúne laboratórios farmacêuticos
brasileiros, estima que o novo marco vai gerar a "aplicação de R$ 332
milhões em pesquisa e desenvolvimento de novas drogas baseadas na flora
brasileira até o final de 2016". De outro, comunidades tradicionais
dizem que essa legislação ameaça seus direitos garantidos
internacionalmente.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Franciso Gaetani,
reconheceu à BBC Brasil que os povos tradicionais não tiveram tanta
participação no debate de formulação do marco, mas disse que as críticas
ao conteúdo da lei eram improcedentes e que a nova legislação
beneficiava os grupos tradicionais.
Já a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) -
instituição que representa mais de 120 sociedades científicas –
comemorou parcialmente a nova legislação. Se por um lado a comunidade
acadêmica considerou positiva a desburocratização da pesquisa, de outro
lamentou “o retrocesso aos direitos dos povos indígenas e comunidades
tradicionais”.
Fonte: BBC Brasil e G1.
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