Cientistas da EMBRAPA em parceria com Jardim Zoológico de Brasília irão clonar espécies em extinção.

Logo-guará. Foto: Wikimedia 
Um grupo de pesquisadores da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com o Jardim Zoológico de Brasília estão tentando clonar espécies ameaçadas de extinção, de acordo com a reportagem do IPS (Inter Press Service). A pesquisa visa adaptar técnicas de clonagem para espécies de animais selvagens, como meio de contribuir para a conservação. Oito espécies foram escolhidas para a iniciativa, incluindo o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) que também ocorrem naturalmente no Parque Estadual do Pau Furado.



Tamanduá-mirim. Foto: Bruno R. Alves
A maioria das espécies escolhidas estão presentes na lista vermelha IUCN (International Union for Conservation of Nature). A primeira fase envolveu a coleta de amostras de material genético, ou germoplasma, sob a forma de células sanguíneas, de esperma, células somáticas e do cordão umbilical. "Nós já temos 420 amostras de germoplasma armazenados em nosso banco e vamos continuar coletando", disse o pesquisador da Embrapa Carlos Frederico Martins ao Tierramérica. 

Para que a segunda fase da pesquisa comece, o Jardim Zoológico de Brasília está à espera de autorização legal dos órgãos competentes. Esta é a primeira tentativa do Brasil na clonagem de animais selvagens. Martins observou que "países como os Estados Unidos e Coréia do Sul já estão trabalhando em uma pesquisa semelhante."

Martins ressaltou, entretanto, que o objetivo não é o de liberar os clones para a vida selvagem. "O zoológico quer aumentar o número de espécimes para seu próprio uso. A ideia é manter esses animais em cativeiro. O uso de clones impediria o impacto causado pela remoção desses animais de seu ambiente natural ", disse ele.

 Fonte: TierraméricaIPS, Tecmundo.

Esta é uma daquelas notícias bem polêmicas para toda a biologia da conservação, e você leitor? Qual a sua opinião sobre este assunto? Deixe seu comentário e vamos discutir.

Comentários