Resgate de Animais Silvestres: veja o balanço de 2016 da Polícia Ambiental de Meio Ambiente de Uberlândia
15 Tamanduás foram presos em 2016. Foto por: Polícia Militar de Meio Ambiente/Divulgação. |
"Os militares do Policiamento Ambiental da 9ª Companhia de Polícia Militar Independente de Meio Ambiente divulgaram, nesta segunda-feira (2) o balanço dos animais silvestres apreendidos e resgatados no ano de 2016. De acordo com os policiais, até o fim de novembro de 2016, mais de 1.628 animais foram capturados."
"Segundo o sargento Eduardo Venâncio, o número é expressivo e alarmante pois, demonstra que a expansão urbana e o avanço das fronteiras agrícolas têm forçado a fauna silvestre a migrar para os centros urbanos em busca de água, alimento e abrigo, causando a perda de habitat.
De acordo com Venâncio, em Uberlândia, durante 2016, 15 tamanduás - animal considerado um dos símbolos do cerrado mineiro e ameaçado de extinção - foram capturados pela Polícia Ambiental. Três deles somente no mês de dezembro. Em agosto do mesmo ano, um lobo-guará foi resgatado quando caminhava pelas ruas do Bairro Brasil na cidade.
Lobo-guará encontrado no Bairro Brasil. Foto por: PM de Meio Ambiente/Divulgação. |
Ainda segundo a PM, o animal silvestre não é agressivo e tem como reação natural fugir ao notar a presença do ser humano. Porém, se acuado, por instinto ataca para se defender. O policial explica que outro fator que também pode justificar o grande número de animais resgatados e apreendidos é a cadeia criminosa do tráfico de animais silvestres - a captura, transporte e venda dos bichos ao consumidor final.
Mitos
De acordo com a Polícia Ambiental, algumas crenças populares contribuem para que muitos animais silvestres sejam mortos por mitos populares.
O tamanduá, por exemplo, tem uma unha bem forte que é utilizada para quebrar cupins e obter alimento. Porém, quando se sente acuado, tanto o tamanduá-bandeira quanto o tamanduá-mirim emitem um som alto e ficam na ‘posição de lutador’, o que cria o mito do abraço do tamanduá, que daria sorte.
Ouriço-Cacheiro resgatado. Foto por: PM do Meio Ambiente/Divulgação |
Já o ouriço-cacheiro, conhecido popularmente como porco-espinho, por não ser um animal de grande porte, quando ameaçado se ‘infla’ e aparenta ter tamanho bem maior que realmente tem. O animal também emite um som alto, fatos que fazem as pessoas pensarem que ele irá lançar espinhos.
Outro animal que provoca controvérsias é o lobo-guará. Por possuir uma aparência que muitas vezes pode amedrontar como pernas longas e andar diferente, provoca medo e é morto. Mas, assim como os demais animais silvestres, foge com a aproximação do homem.
Cuidados
Quando são encontrados feridos ou ainda filhotes, os animais silvestres são encaminhados para Setor de Animais Silvestres da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Segundo a Polícia de Meio Ambiente, o instituto é parceiro nos resgates apreensões.
Venâncio conta que os bichos normalmente chegam ao setor em situações críticas de saúde, muitas vezes com graves doenças e politraumatizados em decorrências de atropelamento. Eles são avaliados, examinados, tratados, e em muitos casos passam por cirurgias até receberam alta médica e serem liberados para ser reintroduzidos em seu habitat natural de vida livre.
Já os animais mortos são recolhidos pelos militares ambientais e avaliados para ser verificada a possibilidade de serem taxidermizados, ou seja ‘empalhados’.
Taxidermia
O termo taxidermia é formado por duas palavras de origem grega, sendo taxis que se refere à forma e derma à pele. Portanto, taxidermia é a arte de dar forma à pele de animais com a finalidade de deixar a aparência mais próxima de um animal vivo. Assim, os bichos podem ser utilizados com fins didáticos ou científicos.
De acordo com o sargento, após serem taxidermizados os animais são utilizados como ferramenta de sensibilização em atividades de Educação Ambiental, com crianças, jovens e adultos em espaços de educação formal e informal. Depois de retirada a pele, o restante do animal é destinado a estudos pelos profissionais do setor de animais Silvestres da UFU para que haja mais conhecimento sobre as espécies.
Outra vantagem dos trabalhos educativos com animais taxidermizados é a possibilidade de realizar atividades para pessoas cegas e de baixa visão."
Taxidermia Foto por: PM de Meio Ambiente/Divulgação |
Fonte: Camilla Avila, G1 Triângulo Mineiro. Para obter a reportagem completa acesse: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2017/01/pm-divulga-balanco-sobre-resgate-de-animais-silvestres-no-triangulo.html
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